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Estrutura do Setor e Papel dos Atores

O novo panorama do mercado de gás no Brasil

André Mansur Rocco

07/10/2025

4 min. de leitura

O gás natural segue sendo um dos insumos mais estratégicos para a matriz energética brasileira. Seu uso vai desde a geração elétrica até aplicações industriais, comerciais e residenciais. Mas, apesar do potencial, o setor ainda enfrenta desafios para consolidar um ambiente competitivo, previsível e sustentável.

Nos últimos anos, o Brasil passou por mudanças regulatórias importantes, avanços na produção e novas discussões sobre o papel do gás na transição energética.

Gás natural, GLP e GNL: o que é importante saber

  • Gás Natural (GN): fonte primária, extraída diretamente dos poços — no Brasil, em grande parte associada à produção de petróleo. Tem uso intenso na indústria, na geração elétrica e pode ser canalizado por meio de gasodutos.
  • GLP (Gás Liquefeito de Petróleo): fonte secundária, obtida a partir do gás natural e do petróleo, amplamente usado em residências, distribuído principalmente em botijões.
  • GNL (Gás Natural Liquefeito): gás resfriado a temperaturas muito baixas, o que permite seu transporte em navios e posterior regaseificação. Fundamental para viabilizar importações e exportações.

O Novo Marco Legal do Gás

Em 2021 foi sancionada a Lei nº 14.134/2021, conhecida como Novo Marco do Gás Natural, trazendo mudanças significativas:

  • Regime de autorização (mais ágil que concessão tradicional) para transporte.
  • Separação entre atividades de produção, transporte, distribuição e comercialização.
  • Acesso de terceiros a gasodutos e instalações essenciais em condições transparentes.
  • Regras de chamada pública para expansão de infraestrutura.
  • Esforço de harmonização regulatória entre União e estados.

Produção e consumo: números recentes

Em junho de 2025, o Brasil atingiu 181,6 milhões de m³/dia de produção de gás natural, um recorde histórico.

Entretanto, mais de 53% dessa produção é reinjetada nos reservatórios, principalmente para manter a pressão na extração de petróleo.

O consumo médio em 2024 foi de 52,5 milhões de m³/dia, com destaque para o aumento do uso em usinas termelétricas (+22,9%).

Já a indústria registrou queda no consumo (-3,6%), em função do alto custo da molécula de gás.

Infraestrutura: o grande desafio

A expansão da malha de gasodutos e terminais de GNL é fundamental para:

  • Interiorizar o uso do gás além do litoral.
  • Garantir segurança de suprimento.
  • Reduzir custos logísticos.

Embora alguns projetos estejam em andamento, a infraestrutura ainda é limitada e freia o crescimento da demanda.

O papel da Petrobras e os novos atores

Com a nova lei, a Petrobras deixou de ser a única protagonista da cadeia, abrindo espaço para novos produtores e comercializadores. Entre 2021 e 2024, o número de produtores subiu de 58 para 73 e já existem quase 20 comercializadoras ativas.

Ainda assim, a estatal segue relevante: em alguns meses responde por quase 90% da produção nacional.

Tendências e futuro do setor

  • Biometano: integração crescente de um gás renovável produzido a partir de resíduos orgânicos.
  • Hidrogênio: projetos em desenvolvimento podem integrar gás e descarbonização.
  • Redução de emissões: diminuição do flaring (queima) e controle de emissões fugitivas.
  • Novos investimentos privados: dependendo da estabilidade regulatória, a participação de empresas estrangeiras deve aumentar.
  • Competitividade: reduzir custos logísticos será essencial para que o gás seja mais atrativo à indústria.

Conclusão

O mercado de gás no Brasil vive um momento de transição. O Novo Marco Legal trouxe bases mais modernas, mas sua implementação ainda demanda ajustes e avanços em infraestrutura.

Ao mesmo tempo, a expansão da produção no pré-sal, a maior participação do gás na geração elétrica e as discussões sobre biometano e hidrogênio mostram que o setor pode ter papel central na transição energética brasileira.

O desafio está em transformar potencial em realidade, com competição efetiva, preços competitivos e integração às políticas de sustentabilidade.

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SOBRE O AUTOR

André Mansur Rocco é mestre em engenharia elétrica pela UFPR; atua na Ludfor na área comercial de Gestão de Energia para empresas; é perito judicial e extra judicial e dono do canal Power Traders do Brasil.

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